Twocents

Quanto dinheiro tem na conta? Não precisa me dizer. Mas, na nova rede social Twocents, esse número fala por você.

Sim, você leu certo: o seu patrimônio aparece como nome de usuário. Nada de @fulano_1995. Lá, alguém pode surgir como $78.430,12 – porque esse é o valor que aparece para todos.

Estranho? Genial? Invasivo? Vamos conversar. A ideia da plataforma não gira só em torno de tecnologia. Ela cutuca o desconforto sobre status, privacidade e comparação social.

Por isso esse post existe: pra explicar o que é Twocents, por que anda chamando atenção, e o que há por trás de tanto falatório.

O que você vai encontrar aqui

Sem enrolação. A leitura mostra:

  • Como funciona essa rede social baseada em patrimônio
  • O que ela revela (ou esconde) sobre seus usuários
  • Por que a proposta divide opiniões entre transparência patrimonial e invasão de privacidade
  • E o mais importante: o que tudo isso diz sobre nós mesmos no mundo digital

Agora, se surgir aquele pensamento “mas eu nem sou rico, isso serve pra mim?”, a resposta pode surpreender. A Twocents não só aceita quem tem dívidas, como exibe isso como identidade.

Em vez de nome, um usuário já apareceu com –$160.000,00. E achou isso engraçado.

O que é Twocents e como funciona

Imagina abrir uma rede social, olhar os perfis e ver números no lugar de nomes. Não seguidores. Dinheiro. Dinheiro mesmo.

Twocents
Twocents: rede social que usa patrimônio como identificador. Imagem: Divulgação / Twocents.

A Twocents virou conversa de bar e debate acadêmico por um único motivo: o identificador do usuário é o valor do seu patrimônio. Nada mais nada menos que o saldo total dos seus ativos.

Quem tem R$ 12.450 aparece como $12.450. Sem foto de perfil engraçada, sem apelido criativo. Só um número. Bonito ou doloroso, dependendo da conta.

Essa rede social baseada em patrimônio surgiu como proposta alternativa às plataformas tradicionais. Onde antes importava o que se dizia, agora importa o quanto se vale.

A ideia não nasceu de brincadeira. Segundo os fundadores, a meta seria estimular conversas autênticas e criar um espaço com “transparência patrimonial radical”.

A conta só vale se o saldo for real. Por isso, a plataforma exige conexão direta com bancos ou apps de investimento, que validam os números automaticamente.

Os dados bancários não ficam públicos, mas o número que representa sua fortuna (ou dívida) aparece. E isso, por si só, já transforma a relação social entre os usuários.

Um detalhe curioso: quem tiver saldo negativo pode exibir isso com orgulho. Já apareceu usuário como –$160.000, se autointitulando “o mais pobre com orgulho”. Não se sabe se ele riu ou chorou.

Twocents
Usuário brinca ao se classificar como “o mais pobre” da rede social — Foto: Divulgação / Twocents.

Twocents também chama atenção pelos números. A versão beta fechada já reuniu cerca de 1.400 usuários.

Somados, esses perfis já concentraram mais de US$ 150 milhões em ativos. O topo da pirâmide? Um perfil ostentando $16.000.000. Isso mesmo. Um @milionário sem nem precisar usar @.

A plataforma não usa feeds tradicionais. O que aparece em destaque depende do peso financeiro médio dos votos. Quanto maior o patrimônio de quem curte, maior o impacto da curtida. Democracia? Meritocracia? Experimento? A internet não decidiu ainda.

Vantagens e objetivos declarados da plataforma

Em um mundo onde o “quanto você vale” sempre circulou nos bastidores, Twocents decide colocar isso no centro da conversa.

Nada de biografias inspiradoras ou feeds com frases motivacionais. O foco da Twocents gira em torno de transparência patrimonial total.

Cada perfil vira uma vitrine de patrimônio líquido. O número vira nome. O valor vira identidade. A dúvida vira curiosidade.

Esse tipo de rede social baseada em patrimônio defende uma ideia provocadora: se o dinheiro já influencia tudo, por que esconder?

A proposta busca criar um ambiente onde a sinalização social ocorre sem disfarces. Roupas de marca? Carros luxuosos? Aqui, só conta o saldo validado pelo banco.

Twocents ganha nova camada: quem interage, curte ou comenta leva em conta o peso real daquele usuário no sistema financeiro.

E se você pensou “isso deve virar uma corrida maluca de ostentação”, talvez tenha razão. Ou não. A experiência ainda se desenha.

Quem entende de comportamento social enxerga potenciais bem claros por trás disso. A plataforma sustenta que mostrar o patrimônio pode incentivar interações mais honestas.

Ao invés de mascarar o status, o usuário lida com ele diretamente. Sem filtros.

Esse sistema ainda atribui maior peso nas interações para quem tem mais patrimônio. O botão de curtir, por exemplo, vale mais se o toque vem de um perfil milionário.

Talvez não seja justo. Ou talvez só revele o que sempre esteve em jogo.

Entre os objetivos declarados, a plataforma aposta em três pilares:

  • Transparência como valor central
  • Engajamento financeiro como critério social
  • Redefinição das hierarquias digitais

Quer entrar num grupo e saber quem “manda”? Basta olhar os dígitos ao lado. O Identificador de patrimônio Twocents acaba dizendo muito mais do que qualquer bio.

É como se cada like viesse com a assinatura de um extrato bancário invisível. Assustador? Talvez. Mas quem resiste a espiar?

Principais críticas e riscos

Nem tudo que brilha é saldo bancário. O modelo da Twocents já chama atenção por seu ineditismo — e também por seus riscos.

A proposta de uma rede social baseada em patrimônio mexe com códigos profundos da sociedade digital: privacidade, desigualdade e status.

Alguns chamam de inovação. Outros, de distopia disfarçada de transparência.

Respira fundo e vamos explorar os pontos mais delicados desse experimento financeiro-social que não tem botão de desfazer.

Privacidade e segurança

O que é a rede social Twocents? Uma plataforma onde o seu patrimônio vira seu nome — ainda que o seu nome real não apareça.

Parece anônimo, mas nem tanto. O identificador de patrimônio Twocents, quando cruzado com localização geográfica, volume de ativos ou horários de atividade, pode revelar mais do que o usuário imagina.

Perfis com valores muito altos em regiões específicas acabam virando alvos fáceis de identificação indireta — ou pior.

Até mesmo quem evita dar pistas corre o risco de ser “doxado” por comparações entre saldos e movimentações.

E convenhamos, ninguém quer ser reconhecido na fila do pão pelo valor no aplicativo.

Pressão social e desigualdade

A proposta de usar o saldo como nome de usuário cria um novo tipo de hierarquia: a patrimonial.

Em vez de seguidores ou curtidas, a régua social vira o número de zeros na conta bancária conectada.

Quem não exibe números “interessantes” pode acabar sendo ignorado, bloqueado de interações ou tratado como invisível digital.

Essa lógica estimula Twocents comparações riqueza que reforçam desigualdades já existentes no mundo offline.

Pessoas com menos recursos enfrentam uma exclusão simbólica que pouco difere do preconceito estrutural que conhecemos há séculos.

Se nas redes tradicionais já existe filtro pelo lifestyle, aqui o filtro é literal: o que você vale no banco.

Concluindo…

A jornada até aqui levantou perguntas que incomodam — e isso costuma ser um bom sinal.

Explorar o que é Twocents tocou em conceitos pouco debatidos: exposição patrimonial como identidade, anonimato financeiro relativo e interações sociais mediadas por saldo.

A proposta da rede social baseada em patrimônio não passa despercebida. Encanta, assusta, intriga — e talvez nem tenha decidido o que quer ser ainda.

Se alguém disser que entendeu tudo de primeira, já desconfia, né?

Mostrar o próprio patrimônio gera status para alguns. Para outros, escancara um abismo. O debate gira em torno disso: transparência emancipa ou empurra para fora quem tem menos saldo no perfil?

Quer conhecer essa rede social, só clicar aqui.

💬 O que você acha dessa proposta?
Compartilhe sua opinião nos comentários e envie este post para quem se interessa por inovação digital e privacidade.

Mas manda com carinho, hein? O tema é quente — e às vezes arde.

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Sobre o Autor

Filipe Reis
Filipe Reis

Com graduação, pós, essas coisas... Gosto de tecnologia desde sempre e adoro aprender coisas novas e passar esse conhecimento para frente! Também gosto de rock e filmes de ficção (daqueles que você assiste 5 min, dorme e assiste os 5 min finais e entende o filme inteiro)!

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